Por que as pessoas são tão apegadas às suas crenças?
Para responder a essa pergunta, precisamos considerar que somos frutos da evolução dos animais. Isso significa que, quando nascemos, nossa mente não é como uma folha de papel em branco, mas sim composta por um conjunto de programações capazes de nos levar a querer fazer coisas que foram úteis para a sobrevivência no passado ancestral, como conquistar recursos e evitar perdê-los.
No caso de um apego exagerado às nossas crenças, o que parece ocorrer muitas vezes é que, quando chegamos a uma conclusão sobre algo, passamos a considerar essa conclusão como um recurso valioso, como se fosse um alimento em tempos de escassez, o que nos leva a querer defender esse ponto de vista a todo custo.
E, se formos parar para pensar, as crenças são mesmo um recurso, pois é com base nelas que tomamos decisões, algumas acertadas.
Assim, perder uma crença seria, então, perder um recurso que embasa algumas boas decisões. Com base nesse raciocínio, podemos compreender que, quando estamos defendendo nosso ponto de vista, muitas vezes estamos, em essência, tentando eliminar a ameaça de perder um recurso.
Isso implica que, quando percebemos que alguém está tentando nos convencer de algo que vai contra nossas crenças, podemos interpretar isso como uma ameaça de roubo de um recurso que acreditamos possuir.
Essa interpretação pode fazer com que rejeitemos ideias contrárias às nossas crenças sem sequer tentarmos compreendê-las, o que nos permite proteger nossa visão de mundo de conhecimentos que poderiam fazê-la desaparecer. Mas isso tem um preço: a estagnação do nosso saber.
Pensata que criei e que têm a ver com o tema:
"Você pode acreditar no que quiser, mas se não tiver o hábito de revisar suas crenças a partir de fatos novos, será apenas mais um enclausurado nas suas próprias ideias."
Caso queira conhecer cada vez mais sobre Psicologia e outras áreas do saber, te convido a participar do Grupo para Sugestões de Livros e Cursos que Elevam o Saber.
Comentários
Postar um comentário