Por que as pessoas são preconceituosas?

A realidade é repleta de coisas benéficas e maléficas para os seres vivos, como, por exemplo, alimentos que podemos ou não consumir, ou animais que podem ou não ser perigosos. Assim, a luta pela sobrevivência esconde uma outra: a luta para conseguir separar na realidade o que é bom do que é ruim. E quanto melhor o ser vivo for capaz de fazer isso, maiores são as chances de sobreviver.

A solução que surgiu com a evolução para proporcionar o máximo de conhecimento sobre o que é bom e ruim com o mínimo de esforço foi o pensamento categórico. Pensar categoricamente significa aprender sobre a realidade vendo semelhanças entre as coisas para, então, agrupá-las em categorias. É, por exemplo, ao vermos diversos animais com juba, chegarmos à conclusão de que esse animal pertence a uma mesma categoria, que nos ensinam ser a categoria com o nome “leão”.

Além disso, a partir da nossa experiência e do que nos contam, uma categoria aprendida pode se tornar subordinada a outra, mais básica, a de ser boa ou ruim. Quando isso acontece, passamos a ter um caminho estabelecido em nossa mente, no qual a categoria aprendida é vista como boa ou ruim.

Isso nos torna predispostos a perceber toda coisa que se parece com a categoria que aprendemos como sendo algo bom ou ruim. É por isso que, se virmos no aqui e agora um animal com juba na nossa frente, vamos imediatamente chegar à conclusão de que estamos diante de um leão, um animal perigoso.

Nossa mente foi, então, moldada pela evolução para ser preconceituosa, pois isso aumentava as nossas chances de sobrevivência. No passado ancestral, não era uma boa ideia verificar se um animal com juba que aparece no horizonte é mesmo um leão ou ainda esperar para ver se esse leão que estamos vendo, por alguma razão, é manso.

Isso não justifica, contudo, que nos dias de hoje, quando não estamos mais no meio da savana, correndo perigos iminentes, aceitemos como verdade o primeiro julgamento que vem na nossa cabeça sobre algo ou alguém específico. 

Na maioria das vezes, dá tempo de conhecer mais sobre o que estamos percebendo sem correr risco de morte. E conhecer mais sobre algo ou alguém, em vez de acatar nossas opiniões prévias, faz com que a gente descarte ou até refine as categorias que temos em nossa mente, ou seja, melhore a nossa visão da realidade, o que, por sua vez, permite que a gente se torne cada vez mais bem-sucedido em nossa interação com ela.

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