O que é a virtude da moderação?
Moderação se refere à habilidade de praticar uma autorrregra do tipo: “preciso buscar o melhor fim, esteja ou não presente o anseio”. É possível haver apenas a anuência consciente de que o melhor fim é aquele para o qual o anseio aponta — como no caso, por exemplo, de querermos mostrar nossas “credenciais” (busca pelo benefício do status), tendo a consciência de que desejamos isso por alguma razão; talvez para que o outro valorize um pouco mais aquilo que temos a dizer.
A prática da moderação também ocorre quando, por um momento de desatenção, nos vemos neutros diante de uma oportunidade de conquistar um benefício e, ao pararmos para refletir, avaliamos que vale mesmo a pena buscá-lo — o que nos tira do estado de neutralidade emocional e nos leva a vivenciar o anseio. Um exemplo desse “sair da neutralidade” para desejar um benefício é quando, por um instante, deixamos passar que determinada situação pode nos levar ao desenvolvimento de uma virtude moral, como a coragem; mas, ao percebermos a oportunidade de exercê-la, passamos a enxergar esse benefício e a ansiar por ele.
A moderação também se relaciona com a revisão de que algo, afinal, não é realmente um benefício. Podemos, por exemplo, perceber que tentar forçar o outro a aceitar nossa opinião (um comportamento ligado à busca pelo benefício do status) não é o mais adequado. Nesse caso, o benefício do status é reavaliado como algo impróprio, e reconhecemos que o certo a se buscar é outra coisa — talvez o desejo de investigar um pouco mais sobre o que o outro pensa, o que nos levaria a sentir curiosidade.
Pensata que criei e que têm a ver com o tema:
"O erro de muitos é querer ser famoso sem antes se tornar realmente bom naquilo em que desejam ser reconhecidos — ou seja, valorizar a fama mais do que as virtudes."
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